O
prefeito de Coari (distante 270 quilômetros de Manaus), Arnaldo Mitouso
(PMN), disse nessa sexta-feira (24), que não irá criar dificuldades
para o trabalho da Coordenadoria de Apoio Operacional de Combate ao
Crime Organizado (CaoCrimo), que em março fará diligência no município
para apurar denúncias de irregularidades em processos licitatórios da
prefeitura.
“Esse tipo de denúncia eu tinha visto no ano passado. Achei que já estava superado”, disse o prefeito.
As
denúncias a que se refere Mitouso foram feitas pelo ex-vereador e
ex-secretário de administração do município Evandro Morais ao titular do
CaoCrimo, promotor de Justiça Fábio Monteiro. O ex-secretário entregou
documentos que supostamente comprometem a administração atual de
Mitouso.
O prefeito se defende dizendo que quem deveria passar por investigação é o ex-servidor.
“Ele
mesmo é que devia ter se denunciado. Eu já dei entrada em vários
documentos na promotoria contra ele, por irregularidades que ele cometeu
aqui", rebateu o prefeito.
Mitouso
disse que o ex-secretário responde a processos na comarca local por ter
feito pagamentos irregulares com recurso da Prefeitura para parentes e
amigos.
”Fizemos
denúncias de pagamentos que ele fez para os filhos dele e outros
amigos. Além de várias situações que eu já levei a conhecimento do
Ministério Público“, disse.
O
titular do CaoCrimo, promotor Fábio Monteiro, disse que espera apenas o
envio dos nomes das pessoas envolvidas, pelas promotorias de cada um
dos municípios que serão visitados. As diligências em Envira, Maraã,
Tapauá, São Paulo de Olivença e Coari devem começar a partir da primeira
quinzena de março.
Investigação pode gerar ações judiciais
A Coordenadoria de Combate ao Crime Organizado ficará, em média, duas semanas em cada município.
Ao final, um processo será enviado ao procurador-geral do MPE,
Francisco Cruz, para, se for o caso, oferecer denúncia à Justiça
Estadual ou Federal.
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